quarta-feira, 26 de setembro de 2012

Novo decreto altera normas sobre aplicações de defensivos no MT

Portal do Agronegócio publica matéria sobre alteração de normas de aplicação de defensivos no estado do Mato Grosso. Na última quinta-feira, dia 13 de setembro, o Governo do Estado do Mato Grosso publicou no Diário Oficial o Decreto 1.362 que substitui o Decreto 2.283, de novembro de 2009. Esta normativa dispõe sobre o uso, a produção, o comércio, o armazenamento, o transporte, a aplicação, o destino final de embalagens vazias e resíduos, e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins no estado. Principais alterações: - Não é mais obrigatória a construção de pátio de descontaminação para os pulverizadores terrestres; - Não é mais obrigatório o preenchimento das Guias de Aplicação. Ainda assim, recomendamos que os produtores continuem a fazer um controle sobre as aplicações; - Alteração das distâncias mínimas para a aplicação terrestre de agrotóxicos e afins para 90 (noventa) metros de povoações, cidades, vilas bairros, e mananciais de captação de água, moradia isolada agrupamento de animais e nascentes ainda que intermitentes. No decreto anterior, as medidas variavam de 300 a 150m. As entidades do setor produtivo acompanharam vários debates em torno deste tema. A legislação anterior era praticamente inaplicável. Entendemos que o novo decreto traz mais tranquilidade aos produtores rurais de Mato Grosso.

Iharabras avança na busca de fungicida para combater a vassoura-de-bruxa

Matéria veiculada no Jornal Valor Econômico aborda perspectiva para o controle químico da Vassoura-de-Bruxa. A obtenção de um fungicida eficiente que combata a doença da vassoura-de-bruxa na cultura do cacau está mais perto de se tornar realidade. Pesquisadores da Unicamp, em parceria com a empresa de defensivos Ihara, avaliam moléculas químicas capazes de driblar o fungo. Assim que se verificar a viabilidade do produto e que todos os testes sejam feitos, ele deverá ser produzido comercialmente. A vassoura-de-bruxa é uma das principais causas da baixa performance dos cacaueiros na Bahia, maior produtor nacional da amêndoa (vide contexto). Por isso, já foram investidos cerca de US$ 10 milhões em pesquisas sobre o fungo Moniliophthora perniciosa que provoca a doença. Desde março deste ano, foram testados vários fungicidas. Um deles - estrobirulina - não teve efeito na chamada fase 'biotrófica', quando o fungo infecta as plantas. Mas depois da descoberta da eficácia de uma molécula denominada 'Sham' capaz de inibir a atuação do fungo nas suas duas fases, a Unicamp testa agora moléculas com características estáveis enviadas pela Ihara para serem aplicadas no lugar do Sham. Esta molécula inibiu em 100% a atuação do fungo, além de outros fungos tropicais, mas por ser uma droga usada em laboratório não é estável para ir a campo. A patente dessa experiência já foi requerida. As pesquisas sobre o fungo começaram em 2000, quando foi formada uma rede de pesquisadores coordenada pelo professor do Laboratório de Genômica e Expressão da Unicamp, Gonçalo Guimarães Pereira. Em 2005 foi descoberto o mecanismo fundamental da doença e, em 2007, feito o primeiro de uma série de sequenciamentos do DNA do fungo. Esse organismo não só ataca os frutos, mas também impede que a planta os produza. Ele é complexo e nenhum fungicida existente é efetivo no seu controle. Quando entra na planta, não aparecem sintomas. A planta reconhece que foi infectada e tenta se defender mandando inibidores para a respiração do fungo, o que provocaria a morte dele. Mas o fungo gera uma via alternativa e consegue sobreviver. Assim, a planta fica intoxicada, envia nutrientes para o fungo em uma tentativa de trazê-los de volta durante seu combate ao agente. Se colocado no mercado, este seria o primeiro fungicida desenvolvido no Brasil, conforme Rodrigo Naime Salvador, gerente de engenharia de produto da Ihara. Ele diz que normalmente os produtos são criados em outros países e adaptados às regiões tropicais, embora este precise ainda ser 'misturado' a uma outra substância já existente no mercado. O risco de não se chegar a um produto eficiente ou esbarrar em problemas como o alto custo do produto ainda existe, mas é pequeno, ressalta Salvador. Os testes de campo ainda não foram realizados, mas até o fim do ano deve se estabelecer a pesquisa da interação das moléculas. Será necessária também uma bateria de testes nas áreas ambiental e toxicológica para chegar ao produto final. Depois de aprovado pelos órgãos competentes, o produto vai ao mercado. Mas todo esse processo pode levar de seis a oito anos, alerta Salvador. Somente o registro pode demandar quatro anos, embora possa se pedir regime de urgência, o que reduziria esta fase de quatro para um ano e meio. Contexto Mais de vinte anos depois de entrar na Bahia, o fungo da vassoura-de-bruxa ainda é considerado uma das principais causas de baixa produtividade da cultura. Todos os cacaueiros do Estado estão infectados pelo mal, embora não pareçam doentes. 'A planta gasta energia demasiada para se manter saudável e tenta atacar o fungo, o que provoca a perda de produção', diz o professor da Unicamp, Gonçalo Pereira. Com o tempo, as plantas adquiriram certa resistência e hoje registram perdas na produtividade entre 20 e 30 arrobas por hectare, ao contrário da queda brusca inicial que derrubou a produtividade para zero, ante as 100 arrobas por hectare, segundo Pereira. O fungo só ataca ramos em crescimento, que depois secam e ficam parecidos com os galhos de uma vassoura. Apesar de ser endêmico na Amazônia, sua entrada na Bahia foi um dos principais motivos para a decadência da cultura no país.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Governo estuda proposta para racionalizar uso de agrotóxicos

Matéria publicada no blog Agrodebate levanta a questão da falta de agroquímicos no país, qua poderá levar a medidas de racionalização. Por Vivian Lessa Em MT, revendas reclamam que está faltando o produto A falta de agrotóxicos nas indústrias pode promover a racionalização do uso do produto no Brasil. O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho recebeu, na última quinta-feira (13) em Porto Alegre, o documento do presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio Grande do Sul (Crea-RS) contendo sugestões para a utilização do produto no país. "Sabemos das dificuldades de fiscalização que existem hoje. Estamos tentando mudar critérios. Pela proporção continental do Brasil e a diversidade de climas e culturas, esse processo precisa ser regionalizado", acredita Mendes. O material repassado ao ministro pede a criação de um programa de monitoramento de resíduos agrotóxicos, evidenciando que o trabalho já realizado pelo Ministério da Agricultura e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) tem um número de amostras ainda a crescer para atender a produção agrícola nacional, descreve o documento. Em Mato Grosso, as revendas já estão com dificuldades de encomendar o produto. A informação é do representante do Conselho Estadual das Associações de Revendas de Produtos Agropecuários de Mato Grosso (Cearpa), Roberto Mota. Segundo ele, a indisponibilidade do produto está atrasando a entrega para os consumidores. Segundo dados da Anvisa, o Brasil é hoje responsável por 19% do consumo de químicos no mundo, perdendo apenas para os Estados Unidos. Foram utilizadas 900 mil toneladas de defensivos agrícolas em 2011 no País. Mendes Ribeiro prometeu analisar o pedido e fazer parcerias com órgãos regionais para atender a situação atual.

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Áreas de refúgio para milho Bt

Artigo publicado pelos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo Simone M. Mendes, Daniela C. Resende, Paulo A. Viana e José M. Waquil originalmente no Portal Dia de Campo.


"A partir da safra de 2008, quando houve a liberação para plantio comercial do milho geneticamente modificado (GM), os produtores de milho do país puderam experimentar a importância da biotecnologia em suas lavouras, ou seja, puderam plantar sementes de milho que expressam proteínas Bt, que têm ação contra as principais pragas da cultura, como a lagarta-do-cartucho-do-milho (Spodoptera frugiperda), a broca-do-colmo (Diatraea saccharalis) e a lagarta-da-espiga (Helicoverpa zea). A "novidade" foi bem aceita; prova disso são as estatísticas de safra, que apontam para aumento constante da utilização do milho Bt. No entanto, para manter a eficácia dele, é essencial que o produtor não deixe de semear a área de refúgio, pois é ela que permitirá fazer o manejo da resistência.

O que é, então, área de refúgio e manejo da resistência de insetos? A área de refúgio é a semeadura de um percentual da lavoura de milho Bt utilizando milho não Bt, ou convencional, de igual porte e ciclo, de preferência os respectivos isogênicos do milho Bt. O plantio da área de refúgio faz parte da estratégia de manejo de resistência de insetos-praga, isto é, a adoção de práticas que evitem a seleção de lagartas capazes de causar danos expressivos no milho Bt. Nas lavouras em que se utiliza a tecnologia Bt, ou seja, plantadas com cultivares resistentes às lagartas, é necessário utilizar as seguintes estratégias: a) expressão de alta dose da toxina Bt no híbrido transgênico; e b) utilização da área de refúgio.

Como regido pelos princípios da genética de populações, os genes que produzem vantagem adaptativa às espécies no ambiente tendem a aumentar de frequência na população. A expansão da área cultivada com o milho Bt produz uma vantagem comparativa às lagartas que, por acaso, possuam o gene de resistência às proteínas do Bt, já que apenas estas são capazes de se desenvolver normalmente ao se alimentarem desse milho, tornando-se adultos aptos para reprodução, gerando descendentes semelhantes a eles. Se nenhuma estratégia para o manejo da resistência for adotada, a seleção persistente destes indivíduos resistentes será fatal, pois, se são os únicos a se reproduzirem, estes se tornarão cada vez mais numerosos na população de insetos na lavoura. A seleção dessa nova raça de lagartas resistentes torna a tecnologia Bt ineficiente. Assim, o objetivo da área de refúgio é produzir insetos suscetíveis à toxina Bt, que se tornarão adultos para acasalarem com os eventuais indivíduos resistentes produzidos no milho Bt, o que gerará indivíduos (heterozigotos) susceptíveis à alta dose da proteína, reduzindo a velocidade de seleção de uma raça de insetos resistentes.

Não havendo estímulos à migração, a tendência das mariposas emergidas numa determinada área é permanecer no local. Havendo quebra da resistência do milho Bt às lagartas, o produtor que não utilizar a área de refúgio será o primeiro a sofrer com os prejuízos devido ao uso inadequado da tecnologia. Portanto, é importante que o produtor, além da área de refúgio, faça rotação do seu híbrido, utilizando diferentes eventos na sua área, e, principalmente nas glebas onde já se observou algum dano das lagartas, que ele utilize híbridos de milho expressando mais de uma proteína Bt, evitando o uso do mesmo evento Bt utilizado no ano anterior. É importante alertar os produtores que, ao observarem danos acima dos preconizados pela tecnologia, eles devem utilizar outros métodos de controle (a exemplo do método químico) para evitar a sobrevivência daquela população de insetos na sua área.

O percentual da área da lavoura que deve ser semeado com milho não Bt varia de cinco a dez por cento do total da lavoura, dependendo do tipo de evento transgênico utilizado, por exemplo, se ele expressa uma ou mais proteínas Bt. Para fazer da forma correta, é necessário seguir a recomendação das empresas detentoras dos eventos. Além disso, a área de refúgio deve ser semeada com cultivares de iguais porte e ciclo aos do milho Bt e não deve estar a mais de 800 metros de distância das plantas transgênicas. Isto é muito importante, pois o sincronismo entre o desenvolvimento das plantas Bt com as não Bt permite o surgimento de mariposas (adultos das lagartas) emergidas na área de milho Bt simultaneamente com as emergidas na área de refúgio, o que aumenta as chances de acasalamento entre estes adultos, uma vez que estas mariposas, normalmente, não dispersam por mais de 800 metros. O refúgio estruturado deve ser desenhado de acordo com a área cultivada com o milho Bt. Para glebas com dimensões acima de 800 metros de comprimento, cultivadas com o Bt, serão necessárias faixas de refúgio internas nas respectivas glebas, semeadas simultaneamente.

No Brasil, pouca informação tem sido levantada sobre a adoção de área de refúgio entre os produtores, se esta área realmente tem sido implantada e se está sendo utilizada de forma correta. Para avaliar a adoção da área de refúgio, realizou-se uma pesquisa usando-se um questionário aplicado durante o XI Seminário Nacional de Milho Safrinha, na cidade de Lucas do Rio Verde, MT, e via internet na página da Embrapa Milho e Sorgo.

Responderam à pesquisa, realizada pela Embrapa, cerca de 200 pessoas, dentre profissionais da assistência técnica, extensionistas, profissionais ligados ao agronegócio e, principalmente, produtores rurais que plantam milho. Uma análise preliminar dos dados referentes a esta pesquisa indica que, apesar da predisposição dos produtores em fazer o plantio da área de refúgio, ainda existem muitas dúvidas sobre o modo como esta deve ser feita. Muitos produtores desconhecem, por exemplo, a distância a que a área de refúgio deve estar da área plantada com milho Bt. Além disso, muitos produtores ainda confundem os conceitos de área de refúgio e área de coexistência.

A questão do manejo da resistência de insetos foi também discutida durante o Workshop sobre o Milho Transgênico no Brasil, realizado em março de 2012 na Embrapa Milho e Sorgo, em Sete Lagoas, MG. No painel sobre esse tema, participaram das discussões diferentes profissionais do agronegócio, incluindo as empresas detentoras dos eventos transgênicos, professores universitários, profissionais de assistência técnica, pesquisadores, dentre outros atores envolvidos com o tema, e eles chegaram a conclusões semelhantes.

Assim, as seguintes ações integradas devem ser utilizadas para aumentar a adoção e o uso correto da área de refúgio por parte dos produtores: a) medidas educacionais em todos os canais de distribuição de revenda de sementes; e b) incentivos aos revendedores das sementes de milho transformadas com genes de proteínas Bt, para que conscientizem os consumidores da importância de adotar a área de refúgio.

O principal risco associado à não adoção da área de refúgio é a rápida seleção de indivíduos ou raças das pragas-alvo resistentes às toxinas do Bt. O produtor que está disposto a pagar mais pela tecnologia Bt sabe dos benefícios para o seu sistema de produção. Portanto, ele deve estar consciente de que, para usufruir desse benefício por mais tempo, é necessário utilizar esta tecnologia de maneira consciente, o que implica sua adoção e seu uso de maneira correta, semeando a área de refúgio. Finalmente, reiterando a advertência, deve-se alertar que os primeiros produtores a perderem os benefícios da tecnologia serão aqueles que a usarem de maneira inadequada."

Os eventos aprovados de milho, bem como das demais culturas, pode ser visualizado na página do Conselho de Informações sobre Biotecnologia - CIB.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Controle biológico de doenças de plantas

A Embrapa Meio Ambiente acaba de disponibilizar uma publicação intitulada "Produtos comerciais à base de agentes de biocontrole de doenças de plantas". Possui 135 produtos comerciais que utilizam agentes biológicos (fungos, bactérias, etc.) que podem ser utilizados para o controle de doenças, porém a maior parte ainda não está disponível no Brasil. Mesmo assim esse levantamento é interessante para imaginarmos que no futuro teremos outras alternativas viáveis para o controle de doenças.

A publicação poderá ser baixada gratuitamente do site da Embrapa Meio Ambiente.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Mais uma regulamentação para aplicação aérea em debate

Notícia publicada originalmente no site do Ministério da Agricultura.

A proposta que obriga empresas de aviação agrícola a enviar aos órgãos responsáveis pela agricultura e pela proteção do meio ambiente da União e de Estados e do Distrito Federal cópias das receitas agronômicas utilizadas na compra e na aplicação de agrotóxicos será analisada pela Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara. A matéria também tramitará pelas Comissões de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável; Constituição; e de Justiça e de Cidadania.

Trata-se do Projeto de Lei nº 3.615/2012, de autoria do deputado Padre João (PT-MG) que propõe acréscimo de dispositivo à Lei 7.802/89 (Lei dos Agrotóxicos) e visa obrigar empresas de aviação agrícola a enviar cópias de prescrições de agrotóxicos e relatórios anuais aos órgãos competentes. A proposta foi elaborada a partir das discussões da Subcomissão Especial sobre o uso de agrotóxicos e suas consequências à saúde, instituída em 2011 pela Comissão de Seguridade Social e Família.

Segundo o chefe da Divisão de Mecanização e Aviação Agrícola, do Departamento de Infraestrutura, Logística e Parcerias Institucionais (Diel/SDC) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), a atividade da aviação agrícola foi instituída através do Decreto-Lei 917/1969 e regulamentada pelo Decreto nº 86.765/1981. O Mapa é o responsável pela fiscalização da atividade no país. Esta fiscalização é realizada por fiscais federais agropecuários lotados nas Superintendências Federais de Agricultura e coordenada pela Diel.

Minor Crops

Notícia publicada no site do Ministério da Agricultura sobre medidas para agilizar a liberação de agrotóxicos para as culturas com suporte fitossanitário insuficiente - Minor Crops

A Câmara Setorial da Fruticultura buscará criar estratégias para esclarecer a população quanto ao uso de agrotóxicos no campo e agilizar a regularização de defensivos específicos para “minor crops” – culturas para as quais falta ou há número reduzido de defensivos registrados. A discussão ocorreu nesta terça-feira, 4 de setembro, no auditório térreo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Segundo o coordenador de Agrotóxicos e Afins do ministério, Luis Eduardo Rangel, o Mapa e os estados fazem mais de 45 mil ações de fiscalização por ano para garantir que todos os agrotóxicos utilizados não afetem a produção. “A meta é não haver intoxicações, por isso temos uma fiscalização rígida. O que queremos é nos aproximar cada vez mais de uma produção agrícola sustentável”, afirmou.
Rangel destacou ainda a necessidade de acelerar o processo de regularização do uso dos defensivos agrícolas para produção de determinadas culturas. Para isso, é necessário estabelecer uma estratégia emergencial desenvolvendo estudos de resíduos para as culturas que apresentaram problemas nos programas de monitoramento. Além disso, é necessário que haja um projeto de longo prazo para resolver o problema no Brasil que resulte na criação de um fundo para financiar estas atividades.

Uma das propostas trazida pelo setor produtivo foi a criação da Agência Nacional dos Agroquímicos, centralizando o processo de análise e fiscalização que atualmente passa por três instituições, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Mapa. O objetivo seria viabilizar o registro de agrotóxicos para culturas com baixo suporte fitossanitário – em sua maioria hortaliças e frutas –, de acordo com diretrizes internacionais estabelecidas e reconhecidas no âmbito da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) e do Codex Alimentarius. O Governo, no entanto, pretende melhorar o sistema atual, pois identifica possibilidades de avanços nas relações entre os ministérios.

De acordo com Carlos Prado, presidente da Câmara da Fruticultura, além da agilidade na regularização desses produtos é necessário que o consumidor esteja esclarecido quanto à segurança dos alimentos que os utilizam. “É preciso tirar da cabeça do consumidor que estamos consumindo venenos”, disse ele.

A nota pode ser visualizada no site do MAPA.

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Atualização Receita Agrowin - Agosto / 2012

Está disponível a nova versão do Sistema de Receituário Agronômico referente ao mês de agosto de 2012. As principais mudanças efetuadas estão descritas a seguir:


PRODUTOS INCLUÍDOS NO SISTEMA:

- Crucial: Herbicida sistêmico à base de Glifosato 54%. Recomendado para o controle de diversas espécies de plantas infestantes nas culturas de algodão, arroz, arroz irrigado, café, cana de açúcar, citros, eucalipto, feijão, maçã, milho, pastagens, pinus, soja convencional, soja geneticamente modificada, trigo e uva.

- Degesch-Magphos: Inseticida fumigante à base de Fosfeto de magnésio 66%. Recomendado para o controle de diversas espécies de pragas em pós colheita de arroz, café, farinha de trigo, feijão, folhas de fumo, milho e trigo.

- Flupro: Antibrotante à base de Flumetralina 14,4%. Recomendado para inibir o crescimento de botões axiais em fumo.

- Fipronil Nortox 800 WG: Inseticida e cupinicida à base de Fipronil 80%. Recomendado para o controle de diversas pragas para as culturas de algodão, batata, cana de açúcar, milho e soja.

- Horos: Fungicida sistêmico à base de Tebuconazol 20% e Picoxistrobina 12%. Recomendado para o controle de Cercospora kikuchii, Phakopsora pachyrhizi e Septoria glycines em soja.

- Imidacloprid Nortox: Inseticida sistêmico à base de Imidacloprido 60%. Recomendado para o controle de diversas pragas para as culturas de algodão, arroz, arroz irrigado, batata, cana de açúcar, citros, feijão, fumo, milho, soja, tomate e trigo.

- Much 600 FS: Inseticida sistêmico à base de Imidacloprido 60%. Recomendado para o controle de diversas pragas para as culturas de algodão, amendoim, arroz, aveia, cevada, feijão, milho, soja e trigo.


PRODUTOS ALTERADOS NO SISTEMA:

- Agree: Conferido via nova bula. Extensão para algodão, batata, maçã, soja e uva. Alterada Classificação Toxicológica para II – Altamente tóxico e frases de recomendação.

- Astro: Alterada Classificação Toxicológica para I – Extremamente tóxico.

- Cercobin 700 WP: Alterada Classificação Toxicológica para I – Extremamente tóxico.

- Galigan 240 F: Conferido via nova bula. Alterada Classificação Toxicológica para I – Extremamente tóxico e frases de recomendação.

- Gliato: Conferido via nova bula. Extensão de uso para eucalipto e pinus. Alteradas frases de recomendação.

- Glifosato Atanor 48: Conferido via nova bula. Extensão de uso para eucalipto, pinus e uva e para as plantas infestantes Eleusine indica, Ipomoea quamoclit e Sida cordifolia. Alteradas frases de recomendação.

- Glifosato Nortox: Alterada Classificação Toxicológica para III – Medianamente tóxico.

- Imidacloprid 600 FS: Conferido via nova bula. Alteradas frases de recomendação.

- Kraft 36 EC: Conferido via nova bula. Extensão de uso para café e soja. Alteradas frases de recomendação.

- Norton: Conferido via nova bula. Alteradas frases de recomendação.

- Omite 720 EC: Conferido via nova bula. Extensão de uso para. Alteradas frases de recomendação

- Panther 120 EC: Conferido via nova bula. Extensão de uso para Lolium multiflorum e Zea mays em soja. Alteradas frases de recomendação.

- Pri-mordial: Conferido via nova bula. Alteradas frases de recomendação.

- Propiconazole Nortox: Conferido via nova bula. Alteradas frases de recomendação.

- Saluzi 600 FS: Conferido via nova bula. Alteradas frases de recomendação.

- Score: Conferido via nova bula. Extensão de uso para girassol e Lasiodiplodia theobromae em manga. Reduzidos intervalos de segurança para citros, morango e tomate. Alteradas frases de recomendação.

- Smartfresh: Conferido via nova bula. Alteradas doses e frases de recomendação.

- Terrazole 350 WP: Conferido via nova bula. Extensão de uso para fumo. Alteradas frases de recomendação.

- Vitavax Thiran 200 SC: Conferido via nova bula. Extensão de uso para batata e pastagem. Alteradas frases de recomendação.

- Zaphir: Conferido via nova bula. Extensão de uso para arroz irrigado. Alteradas frases de recomendação.