sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Ministério aprova uso de biofungicida contra vassoura-de-bruxa

Material publicado no Boletim Diário FAEP reporta aprovação de produto para controle de importante doença na lavoura cacaueira.

O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) certificou o registro do biofungicida Tricovab, para combate no campo ao fungo da vassoura-de-bruxa. A certificação encerra processo iniciado há 10 anos pela Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira (Ceplac) e inclui bula e rótulo definitivos. O biofungicida foi desenvolvido pela Ceplac a partir de técnicas que usam um fungo natural e antagônico ao fungo Moniliophtora perniciosa, causador da doença nos cacaueiros. A vassoura-de-bruxa devastou a lavoura baiana no final dos anos 80, fazendo a produção cair de 460 mil toneladas para menos de 120 mil toneladas na década seguinte.



O coordenador técnico-científico da Ceplac, Manfred Müller, acredita que a certificação é a última etapa do processo que demandou tempo e estudos do Comitê Técnico de Assessoramento. O comitê é composto pelo Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama), órgãos responsáveis pela regulamentação de agrotóxicos e biofungicidas no País.



"Os pesquisadores da Ceplac se desdobraram na busca de solução natural com alto potencial de controle da vassoura-de-bruxa, sem riscos ao meio ambiente e aos produtores de cacau e colaboradores", avalia Müller.



O biofungicida Tricovab é obtido através da fermentação do fungo Trichoderma stromaticum em laboratório. Trata-se de um produto natural que não causa agressões ao meio ambiente. "Além disso, é comprovadamente eficaz quando diluído em água e pulverizado na plantação de cacau, já que inibe a reprodução do fungo da vassoura-de-bruxa em até 99% no solo e em quase 57% na copa das árvores do cacaueiro", explica o chefe do Cepec, Adonias de Castro Virgens Filho.

O Cepec será responsável pela divulgação da aplicação do produto nas propriedades rurais.



Praga histórica

A vassoura-de-bruxa é uma praga natural histórica da Região Amazônica, sendo considerada uma das mais ameaçadoras do cacaueiro. Quando não se adotam medidas de controle no aparecimento, a praga se espalha rapidamente através do vento e da água, comprometendo completamente a produção.

Atualmente, a doença constitui o maior problema fitopatológico do estado da Bahia e, talvez, do Brasil. A doença é originária da bacia amazônica e só foi detectada no sul da Bahia (microrregião de Ilhéus-Itabuna) em 1989. De 1991 para 2000 o Brasil teve sua produção anual reduzida de 320,5 mil toneladas para 191,1 mil toneladas, caindo a sua participação no mercado internacional de 14,8% para 4%.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

Embrapa descobre nova espécie de inseto

Fonte(s): Embrapa

Pesquisadores da Embrapa Clima Temperado (Pelotas/RS) descobriram uma nova espécie de inseto, parecida com um mosquitinho comum, pequena – o macho mede 0,3cm – e que tem como hábito atacar pés de araçá. O novo artrópode recebeu o nome de Elachypalpus psidii.
A ação do inseto nos araçazeiros forma galhas na planta, espécie de tumor que rouba nutrientes e diminui a produtividade. A descoberta de uma nova espécie é um fato incomum na pesquisa brasileira e vai facilitar a pesquisadores e agricultores entenderem a origem de possíveis galhas em um pé de araçá.
Segundo o pesquisador Dori Edson Nava, um dos responsáveis pela descoberta, a nova praga não causa grandes danos ao fruto quando a contaminação for pequena. Em caso de grande quantidade, ela pode dificultar a realização da fotossíntese e comprometer a produção. “Descobrimos que era uma nova espécie pelo formato diferenciado dos tumores - forma de barril – e, depois, analisando a anatomia do inseto”, comenta Nava. “Estamos buscando alternativas para controlá-lo”, expõe.
O Elachypalpus psidii é da ordem dos dípteros, a mesma da mosca comum. A existência da espécie foi desvendada por uma pesquisa feita pelo Laboratório de Entomologia da Embrapa Clima Temperado e catalogada pela taxonomista Valéria Maia, do Museu Nacional do Rio de Janeiro.

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Coletor de esporos apresentado no Show Rural Coopavel

O Show Rural Coopavel sempre traz inúmeras novidades tecnológicas para os participantes. Uma delas apresentada este ano é o coletor de esporos. Nada mais é do que um tubo com uma lâmina contendo uma fita dupla face instalada no seu interior. A ideia é bem simples: os esporos presentes no ar são coletados por este tudo e ficam presos nessa lâmina. Utilizando um microscópio, os técnicos identificam os esporos coletados e recomendam ou não a aplicação de fungicidas.

Esse equipamento permite o monitoramento das doenças, o que é extremamente importante para a realizar a aplicação de agrotóxicos. Lembrando que além dos benefícios ambientais advindos da redução do uso de agrotóxicos ocorre também uma redução considerável do custo de produção.

Maiores informações poderão ser visualizadas no site Negócios da Terra .

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Anvisa lança cartilha com orientações sobre agrotóxicos

Créditos: Anvisa

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) lançou uma cartilha com orientações para trabalhadores rurais que trabalham com agrotóxicos. O objetivo é que eles saibam como evitar intoxicações. De acordo com os dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em 2009, foram registradas 188 mortes por agrotóxicos e 11.641 casos de intoxicação. O agrotóxico de uso no campo é a segunda causa de intoxicação no país, ficando atrás apenas dos medicamentos, que somaram 26.540 registros no mesmo ano. A cartilha também está disponível para download no site da Anvisa (arquivo PDF - 6,48 Mb).

A cartilha cita quais são os principais sintomas de intoxicação aguda, seja pela respiração, boca ou contato com a pele, e como a pessoa deve agir. Alguns dos efeitos são inchaço no corpo, alergias, dor de cabeça, câimbras, vômitos, dificuldade de respirar e irritação na pele. Nos casos agudos, a contaminação pode provocar impotência, aborto e depressão.

O material orienta o agricultor a comprar o agrotóxico seguindo as recomendações de um agrônomo, que vai indicar a substância adequada para o tipo de plantação e a dose certa. Outras dicas são sobre o transporte, armazenamento e descarte correto das embalagens.

De acordo com a Anvisa, 20 mil exemplares da publicação foram distribuídos para as vigilâncias sanitárias estaduais, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), o Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea) e os ministérios da Agricultura e Saúde.

FONTE

Agência Brasil
Carolina Pimentel - Repórter
Lana Cristina - Edição