sexta-feira, 18 de março de 2011

Herbicida para invasoras de folha estreita do sorgo em teste. Pesquisadores tentam desenvolver produto que controle plantas daninhas monocotiledôneas do sorgo, já que não existe nenhum herbicida do tipo no mercado

As plantas daninhas que afetam a cultura do sorgo chegam a causar de 35% a 70% de danos à produtividade, se não forem controladas corretamente. Existem vários cuidados de manejo que podem reduzir estes danos, mas a aplicação de herbicidas é a principal medida e o grande problema é que existem poucos produtos liberados para o sorgo no mercado.

Todos os herbicidas existentes são à base de atrazina e são recomendados apenas para o controle das plantas com folhas largas, as dicotiledôneas. O engenheiro agrônomo Diogo Luiz Vieira da Rosa, pesquisador da GVS, diz que no caso das gramíneas, de folhas estreitas, o produtor não tem nenhum opção e acaba utilizando a atrazina em doses maiores, o que pode ser perigoso.

— O pessoal está usando os produtos para controle de folha larga em concentrações maiores para poder controlar as folhas estreitas, mas não é o ideal É preciso tomar o cuidado de fazer estas aplicações no momento em que as plantas daninhas de folha estreita estejam nos estágios mais iniciais onde o controle é favorecido, procurando efeito pré-emergência. O que se observa em alguns casos e não é muito indicado é que os produtores utilizam uma pequena quantidade de óleo mineral junto com a atrazina para controlar as folhas estreitas, mas é preciso tomar muito cuidado com isso e consultar um engenheiro agrônomo experiente — alerta

Durante o GVS Tec, evento que acontece na cidade de Cristalina (GO) dia 19 de março os pesquisadores da GVS vão apresentar um trabalho em que estão testando um produto para controle das plantas de folhas estreitas que competem com o sorgo. A pesquisa ainda está em fase de desenvolvimento, mas o engenheiro agrônomo diz que até agora os resultados estão sendo satisfatórios.

— O que nós temos é um ensaio prévio demonstrativo a base de um produto S-metolacloro, que é um forte graminicida e tem ação em pré-emergência. Testamos a atrazina em duas dosagens, o S-metolacloro sozinho e a mistura entre os dois componentes. Os testes foram feitos em duas épocas distintas da cultura, com 5 e 15 dias da emergência do sorgo. Visualmente observamos um controle satisfatório, mas temos que completar a experiência para saber se não vai haver nenhum efeito fitotóxico na cultura e como vai se comportar a produtividade — esclarece.

Os interessados em mais informações devem entrar em contato com a GVS pelo telefone (61) 3601-1556.

Fonte: http://www.diadecampo.com.br

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