quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Variação do clima pode trazer doenças ao café

Reportagem divulgada pela assessoria de imprensa da Cocamar alerta para os efeitos da variação de clima em relação a incidências de doenças na lavoura cafeeira.


Segundo o especialista José Braz Matiello, a ferrugem preocupa, mas a cercosporiose é a principal enfermidade dos cafezais paranaenses

A variação do clima pode originar enfermidades ao café. O pesquisador do Ministério da Agricultura, José Braz Matiello, afirma que uma das doenças que exigem mais atenção é a ferrugem, que pode reduzir de 20% a 50% a produtividade se não tratada de acordo. Esse mal ataca mais em anos de carga alta, principalmente quando há bastante incidência de chuva.

A ferrugem também é mais comum no sistema adensado e superadensado, em que a umidade é maior que em plantios normais. O controle da doença deve ser efetuado via foliar com fungicidas, podendo também ocorrer via solo, que é mais eficiente. "Os prejuízos causados pela ferrugem são a desfolha prematura, bem como a seca dos ramos laterais e a floração. A produção é mais afetada no ano seguinte", explica Matiello, acrescentando que a variedade Icatu tem apresentado mais resistência.CERCÓSPORA - Segundo o pesquisador, a cercosporiose é o principal problema dos cafezais paranaenses. Está diretamente relacionada ao calor, nutrição das plantas (falta de nitrogênio), excesso de insolação, falta de água e queda na temperatura. A doença provoca a queda prematura dos frutos e maturação acelerada, que aumenta o número de grãos chochos e mal formados. O controle também é feito com fungicidas via foliar.

A doença apresenta manchas circulares de coloração marrom escura, com uma lesão cinza claro no centro e anel amarelado ou roxo em volta.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Novo princípio ativo disponível no mercado

A Basf conseguiu a liberação na Europa para um novo princípio ativo, o Xemium, do grupo químico das carboxamidas. É um fungicida que promete a flexibilização do manejo de doenças em cereais, garantindo ganhos de produtividade e melhoria de qualidade da produção.


Segue artigo completo extraído do site Agrolink.


O ingrediente ativo mais procurado Xemium desenvolvido pela BASF protege o cultivo de cereais e outras culturas importantes no ataque de fungos

Em outubro de 2011, a divisão de Proteção de Cultivos da BASF recebeu a aprovação das autoridades responsáveis por registros na França, Alemanha e Grã-Bretanha para que os primeiros produtos usem o novo ingrediente ativo fungicida Xemium no plantio de cereais. O Xemium oferece um potencial de pico de vendas de mais de € 200 milhões ao ano; o ingrediente ativo foi desenvolvido pela BASF e pertence à classe das carboxamidas. A empresa já submeteu o pedido de registro mundialmente para estre ingrediente ativo estratégico de sua linha de desenvolvimento de produtos. O Xemium se diferencia pelo seu alto nível de eficácia e distribuição sem igual na planta. Ele permite um aumento na produtividade da colheita, além de melhorar a qualidade da colheita ao mesmo tempo.

“Ficamos muito satisfeitos de poder oferecer aos agricultores da Europa uma solução avançada para combater as infecções fúngicas em cereais, a tempo para a safra atual“, destacou Jürgen Oldeweme, responsável pela Unidade Mundial de Segurança e Registro de Produtos da divisão de Proteção de Cultivos da BASF.

Com a França, a Alemanha e a Grã-Bretanha, três importantes mercados europeus produtores de cereais que receberam os registros do Xemium, que submeteram seus pedidos de registro em 2009. Ao mesmo tempo em que ocorreram os registros, a nova unidade produtiva do Xemium ficou a cargo de Ludwigshafen. Isto garantirá que os agricultores tenham o acesso imediato ao fornecimento de produtos contendo o ingrediente ativo inovador já no próximo período de plantio.

Um dos primeiros produtos a trazer e sua composição o fungicida Xemium é o Adexar®, uma combinação que reúne o ingrediente ativo epoxiconazole que tem sido objeto de ensaios e testes há vários anos. O Adexar® proporciona aos agricultores uma proteção segura contra todas as doenças relevantes em cereais. “Aliado ao ingrediente ativo Xemium, hoje nós temos a condição de oferecer aos agricultores produtos capazes de controlar as doenças em cereais com flexibilidade e sustentabilidade e, dessa forma, um portfólio de produtos avançados e modernos”, explicou Ulf Groeger, Gerente de Marketing e Gerente do Projeto Xemium da BASF.

Os inúmeros anos de experiência da BASF com a classe química das carboxamidas, que funcionam através do mecanismo de ação SDHI (inibidor da enzima succinato desidrogenase), contribuíram para o desenvolvimento do Xemium como mais um ingrediente ativo inovador e de alta performance, muito parecido com o já reconhecido ingrediente ativo Boscalid®. Em uma série de ensaios amplamente elaborados, que foi realizada em colaboração com institutos de pesquisas independentes de cooperativas agrícolas, o Xemium demonstrou excelentes propriedades preventivas contra infecções fúngicas e uma eficácia de longo prazo. Para os agricultores, os resultados se traduzem em maior flexibilidade nos momentos de aplicação, maior produtividade e melhor qualidade.

Além da aprovação de registro do ingrediente ativo na Europa para aplicação em cereais, espera-se também a aprovação para as culturas de soja, milho, videiras, frutas e legumes. Em 2010, a BASF entrou com pedidos de outros registros para o Xemium mundialmente. As aprovações de registro das respectivas autoridades nacionais devem ser concedidas nos próximos anos.

Divisão de Proteção de Cultivos da BASF

Com vendas de € 4.033 milhões em 2010, dos quais € 1.030 milhões são da Região América Latina, África e Oriente Médio, a Divisão de Proteção de Cultivos da BASF é uma das líderes em defensivos agrícolas e uma forte parceira da agroindústria ao fornecer fungicidas, inseticidas e herbicidas altamente estabelecidos e inovadores. Os agricultores usam os produtos e serviços da BASF para melhorar a rentabilidade e a qualidade de suas colheitas. Os produtos da BASF também são usados em saúde pública, controle de pragas estruturais/urbanas, plantas ornamentais e gramados, controle de vegetação e silvicultura. A BASF tem por objetivo transformar conhecimento em sucesso imediato. A Divisão de Proteção de Cultivos da BASF visa ser a empresa líder em inovações, otimizando a produção agrícola, melhorando a nutrição e, desta forma, aumentando a qualidade de vida da população mundial em constante crescimento. Mais informações podem ser obtidas no endereço www.agro.basf.com.br.

 As informações são da Agência XPress Comunicação.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Controle biológico de pragas como alternativa de controle


Notícia transcrita do portal Dia de Campo.


Quando o problema na lavoura está relacionado às pragas, existem diversas formas de controle, como o já conhecido uso de produtos químicos ou a utilização de técnicas de manejo adequadas. Entre essas técnicas está o controle biológico que consiste em utilizar insetos predadores para acabar com o problema de pragas na cultura. Além de mais barata, a técnica diminui riscos de resíduos em lavouras como as de frutas e hortaliças. Segundo Carlos Gava, pesquisador da Embrapa Semiárido, a técnica consiste em reproduzir, na área do produtor, o que acontece no campo. Ele explica que na ecologia de insetos, existe um grupo que reúne parasitas e predadores de outros insetos.


— O que fazemos é buscar os que são mais eficientes e liberá-los no campo do produtor. Existem três formas de fazer isso. Uma delas é aproveitar os insetos que já existem no campo e usar algumas estratégias para aumentar a população deles. A outra é buscar em alguma região do país ou do mundo algum inseto que seja interessante e introduzi-lo onde ele não ocorre. A terceira delas é a técnica chamada inseto estéril, que substitui a população de machos nativos por uma população introduzida de machos estéreis — conta.


Gava afirma que existem alguns insetos caracterizados como predadores inespecíficos, mas ressalta que é interessante que o produtor utilize insetos já testados, como algumas joaninhas que podem atacar qualquer inseto. Por isso, o agricultor deve buscar pessoas que já tenham um histórico de uso da técnica, na sua região, e que possam fazer uma boa recomendação.
Já quando o assunto é como manter esses predadores próximos à cultura, o entrevistado diz que o ideal é que o produtor utilize refúgios, ou seja, deixe algumas áreas com vegetação nativa próximas às áreas de cultivo, onde o inimigo natural poderá permanecer durante as entressafras.


— O custo dessa técnica é muito reduzido, pois não há a necessidade do uso de defensivos. Caso haja essa necessidade, o produtor deve ajustar o tipo de produto a ser utilizado com técnica de controle biológico, usando então produtos menos agressivos — orienta.


De acordo com o pesquisador, antes de adotar o controle biológico, o produtor deve buscar muita informação sobre o agente de controle que vai usar. Além disso, como já dito anteriormente, ele deve saber que, se não houver um refúgio natural para que esse predador se esconda nos períodos em que não há presas, ele vai desaparecer.


— Algumas culturas, como hortaliças e frutas, apresentam sérios problemas de carência no final do ciclo. Então, existem nichos para os quais o controle biológico se torna a única alternativa. Se o produtor utilizar herbicidas no final do ciclo dessas culturas, ele terá problemas de resíduos e contaminação do consumidor — explica Gava.


O entrevistado chama a atenção mais uma vez para a informação prévia. Ele conta que, em alguns casos, existem fabricantes que oferecem suporte técnico ao produtor, mas em outros não.


— Portanto, o produtor sempre deve procurar órgãos de pesquisas, extensões, universidades, algum engenheiro agrônomo ou alguém na área que já tenha um conhecimento prévio sobre a técnica antes de começar a usar — orienta.


Para mais informações, basta entrar em contato com a Embrapa Semiárido através do número (87) 3862-1711.