terça-feira, 21 de junho de 2011

Brasil tem um dos menores investimentos com defensivos por área plantada

Interessante essa notícia publicada no site Agrolink em 17/06/2011. Estudo revela que o mais recente estudo da consultoria alemã Kleffmann mostra que, entre os grandes países agrícolas, o Brasil apresenta um dos menores investimentos com defensivos por tonelada produzida e por área plantada.

Um dos poucos países, entre os grandes produtores agrícolas, cuja competitividade tem condições de atender a demanda mundial por alimentos, fibras e energia renovável, o Brasil ainda se vê diante de um desafio: a necessidade de incrementar o uso de modernas tecnologias na produção rural. É o que revelam os recentes números, por exemplo, do mercado mundial de defensivos agrícolas. O estudo acaba de ser divulgado pela da consultoria alemã Kleffmann Group, líder mundial em pesquisas para o agronegócio.

Segundo o levantamento entre os grandes países produtores, em 2004 o Brasil já detinha um dos melhores números em relação a produtividade por área plantada; naquele ano, o agricultor brasileiro apresentava um dos menores investimentos com defensivos por tonelada produzida e por área plantada.

"De 2004 a 2007, entre os países maiores usuários de defensivos, o Brasil foi o que mais elevou a produção, sem aumentar a área plantada", observa Lars Schobinger, diretor-presidente da Kleffmann no Brasil.

"Consequentemente, o uso relativo de defensivos, por área e principalmente por tonelada produzida, evoluiu menos que nos demais países."Expressivos ganhos de produtividade.

O indicador da sustentabilidade na produção agrícola brasileira se evidencia no seguinte dado: entre 2004 e 2009, o investimento em defensivos agrícolas registrou alta de apenas 1,5%, em dólar por tonelada de produto colhido. No mesmo período, o Brasil foi o que registrou a maior evolução na produção de alimentos, ampliando em 44,5% o volume. "Este incremento no Brasil se verificou mesmo com o país aumentando apenas 4% em área plantada. Portanto, o que ocorreu foi um expressivo ganho de produtividade", destaca Lars Schobinger.

Ou seja, uma leitura superficial - quando não propositadamente distorcida - do mercado mundial de defensivos agrícolas tem levado à uma conclusão absolutamente equivocada: a de que o Brasil é o país que mais utiliza esses produtos. Não é o que dizem os números. Na verdade, o uso no Brasil é muito menor que o observado nos principais países agrícolas - mesmo sabendo-se que a agricultura brasileira, sob clima tropical, exige muito maior uso da tecnologia para controlar as pragas.

E acordo com o levantamento da Klefflemann, quando se ordena os oito principais países pelo uso de defensivos por produto agrícola colhido, o ranking, em ordem decrescente, é o seguinte. Argentina; União Europeia; China; França; Rússia; Japão; Brasil e Estados Unidos.

Tecnologias e recursos naturais

O fato de os agricultores brasileiros estarem entre aqueles que confiam na tecnologia como fator vital de produtividade indica que o país começa a se preparar para liderar a agricultura mundial dentro de uma década, conforme prevê a FAO.

De acordo com órgão, o Brasil é um dos poucos países, entre os grandes produtores agrícolas mundiais, cuja competitividade é capaz de superar o desafio de prover a demanda de alimentos, fibras e energia nas próximas décadas. Para tanto, será indispensável o uso de recursos tecnológicos - como sementes, fertilizantes, defensivos, mecanização e informatização - que melhorem a produtividade e poupem recursos naturais.

Agricultura tropical e controle de pragas

BASF amplia oferta de soluções para a agricultura

Notícia veiculada pela asessoria de imprensa da BASF, divulga novas opções em biofungicida e ferômônio para proteção de hortifrutis. Importante notícia para um mercado carente de opções em alternativas de controle.

Empresa apresenta duas novas opções para o manejo fitossanitário em Hortifruti: o biofungicida Serenade® e o feromônio sintético Cetro®

A Unidade de Proteção de Cultivos da BASF inova mais uma vez e disponibiliza mais duas soluções para o manejo fitossanitário em Hortifruti: o biofungicida Serenade® e o feromônio de confusão sexual Cetro®. Inicialmente, Serenade poderá ser utilizado nas culturas de cebola, maçã e morango. “O biofungicida oferece aos produtores vantagens e benefícios no controle de importantes doenças e terá papel importante em estratégias de programas inteligentes de controle de doenças da BASF”, explica o coordenador de Pesquisa e Desenvolvimento de Produtos Biológicos da BASF para América Latina, Fabrizio Carbone Romano. Seu princípio ativo é uma bactéria gran-positiva Bacillus subtilis. Trata-se de um agente biológico não patogênico, comum no solo e na água. O produto tem como característica principal inibir o desenvolvimento de outros agentes biológicos nocivos às plantas e presentes na natureza.

Indicado para o manejo de resistência de fungos e possibilitando flexibilidade de aplicação em intervalos mais curtos de pré-colheita e de reentrada no campo, Serenade®, além do excelente controle de doenças, ajuda a proporcionar elevada produtividade e melhor qualidade das lavouras, além de melhor gerenciamento dos limites máximos de resíduos. O produto já demonstrou seu amplo espectro de controle em mais de 50 culturas ao longo de seus mais de 6.000 testes de campo realizados pelo mundo. “O biofungicida adequa-se perfeitamente aos programas direcionados à cadeia de valor alimentar, desenvolvidos pela BASF. Com ele, reafirmamos nosso posicionamento como empresa líder em inovação e com foco no cliente, trazendo soluções para os produtores e consumidores” comenta o gerente de Marketing para Hortifruti da BASF, Eduardo Eugênio.

A comercialização do Serenade® no Brasil é resultado da parceria entre a BASF e a empresa AgraQuest. O acordo prevê licença, fornecimento e distribuição do biofungicida para aplicações foliares e drench (colo da planta) em cultivos agrícolas de inúmeros países da Europa, África, Oriente Médio, Ásia e América Latina. Os direitos incluem a distribuição exclusiva em países não cobertos pelas atuais parcerias da AgraQuest.

Já Cetro® é um ferômonio sintético com tecnologia desenvolvida pela BASF para o controle populacional da Mariposa Oriental ou Broca-dos-ponteiros (Grapholita molesta). O produto age causando desorientação ou confusão sexual dos machos interrompendo o seu ciclo e evitando a reprodução da praga. Seu uso é recomendado em pomares de maçã, pêssego, nectarina, ameixa, pêra entre outras frutas nas quais incide esta importante praga.

Cetro® reproduz o efeito do feromônio sexual produzido pela fêmea de Grapholita molesta na natureza. Acondicionado em dispensers, permite uma homogênea distribuição no campo e a liberação controlada e uniforme do feromônio por toda a área. Com a confusão sexual dos machos estabelecida pelo feromônio nos pomares, a cópula não ocorre, interrompendo a reprodução, reduzindo a população da praga e, consequentemente, os prejuízos para o produtor. Esta é uma forma de proporcionar o aumento de rentabilidade, pois seu efeito duradouro mantém a população da praga sob controle até a fase da colheita.

Dentre as vantagens de Cetro® vale ressaltar que o produto não gera resistência da praga, é de fácil aplicação e não causa efeitos negativos nos inimigos naturais. Outra vantagem está no fato do produto ajudar a proporcionar uma colheita de frutos mais sadios, que atendem às normas de tolerância de exportação.

“Serenade® e Cetro® vão ao encontro das necessidades dos agricultores, com destaque aos produtores de maçã da região Sul do País, que respondem por quase 100% da produção nacional. Nosso objetivo com os dois lançamentos é fornecer alternativas viáveis que colaborem para agregar valor ao produto final”, argumenta Eduardo.

Pesquisas apontam que a safra 2010/11 de maçã na Serra Catarinense foi altamente afetada pelo clima. A colheita dos 1,95 mil produtores da região de São Joaquim será de aproximadamente 387 mil toneladas, um volume 20% menor do que a estimativa inicial de 423,5 mil toneladas. “Daí a importância em oferecer soluções mais completas e que auxiliem o produtor em sua produtividade e rentabilidade” conclui Eduardo.

O que se tem observado é que o consumo de frutas e hortaliças no mercado interno vem aumentando nos últimos tempos. Prova disso foi um estudo divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) que revelou que 18,9% da população já optam por cinco ou mais porções por dia, 2,6 vezes mais que há três anos.
Serenade® é marca registrada da AgraQuest, Inc., comercializada pela BASF.

Restrições no Estado do Paraná:

Cetro e Serenade, uso temporariamente restrito para o neste estado

Os produtos Cetro e Serenade estão devidamente registrados no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento sob os nº 03811 e 03911 respectivamente.

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Aprovada lista de especificação para produtos fitossanitários

Matéria publicada no site Agrolink no dia 02/06/2011, traz informações importantes sobre produtos para prevenção e controle de pragas e doenças na agricultura orgânica

Instrução Normativa que aprova as primeiras ‘especificações de referência’ para produtos fitossanitários para orgânicos foi assinada pelos secretários de Defesa Agropecuária e de Desenvolvimento Agropecuário

A Instrução Normativa que aprova as primeiras “especificações de referência” para produtos fitossanitários – insumos para prevenção e controle de pragas e doenças da agricultura orgânica - foi assinada pelos secretários de Defesa Agropecuária (SDA), Francisco Jardim, e de Desenvolvimento Agropecuário e Cooperativismo (SDC), Erikson Chandoha, na manhã desta quarta-feira (1), em Brasília. A lista com os produtos liberados será divulgada até o final desta “Semana Nacional dos Orgânicos” no Diário Oficial da União (DOU). A cerimônia de assinatura aconteceu durante a reunião da Câmara Temática de Agricultura Orgânica.

Após a publicação da norma, o produtor poderá protocolar pedido no Ministério da Agricultura, Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e no Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para conseguir o registro do insumo criado. Após a aprovação da solicitação, uma faixa branca com as letras em preto deverá ser colocada no rótulo e na bula com os dizeres: “Produto fitossanitário com o uso aprovado para a agricultura orgânica”. É a garantia para o comerciante e para o consumidor de que o produto é testado e aprovado pelo governo federal.
O fabricante só poderá criar e comercializar produtos fitossanitários com as substâncias autorizadas pelo Ministério da Agricultura, definidas pela Instrução Normativa nº 64/208.

“Pretendemos aprovar até o final deste ano cerca de 90 especificações. Com isso, avançaremos na disponibilidade de insumos no mercado para a agricultura orgânica”, afirmou o secretário da SDC, Erikson Chandoha.

Para o secretário da SDA, Francisco Jardim, o setor agrícola de orgânicos cresce cada vez mais graças à integração entre o Ibama, Ministério do Meio Ambiente, Anvisa e Ministério da Agricultura. “Hoje, temos no Brasil mais de 1,8 milhão de hectares utilizados para o cultivo de produtos orgânicos. Chegamos a esse patamar devido à atenção e aos cuidados que o setor está recebendo dos órgãos do governo”, destacou Jardim.

No Distrito Federal existem cerca de 180 produtores orgânicos, responsáveis por inserir R$ 8 milhões na economia local. “O impacto na economia pode crescer ainda mais, pois cerca de 600 produtores orgânicos devem ser cadastrados”, afirma o secretário do SDC.

Durante a reunião da Câmara Temática dos Orgânicos foi anunciada também a proposta de expansão dos núcleos de estudos em agroecologia. A intenção do Ministério da Agricultura é criar uma parceria com o Ministério da Educação e incentivar a criação de cursos ligados ao setor para formar mais técnicos da área nas instituições de ensino. O objetivo é atender a todos os produtores que tiverem interesse em cultivar orgânicos.

Houve, ainda, o lançamento do caderno do Plano de Manejo Orgânico, e dos livros “Orientações técnicas para produção de leite de cabra em sistema orgânico” e “Produção de ovos em sistema orgânico”, os dois últimos da Embrapa. À tarde, representantes do setor vão discutir as diretrizes da Política Nacional dos Produtos Orgânicos.

Aprosoja alerta para o início do vazio sanitário em MT

Matéria veiculada pela Aprosoja do Mato Grosso traz aviso sobre o Vazio Sanitário naquele estado.

Tem início no próximo dia 15 de junho, com término definido para 15 de setembro, o vazio sanitário da cultura da soja, no Estado de Mato Grosso. Durante este período não será permitida a existência de plantas vivas de soja em áreas sob sistema de irrigação, em áreas de cultivo tradicional ou qualquer outra modalidade de cultivo. A medida busca a eliminação de todas as plantas de soja e proibição do plantio para evitar que o fungo causador da ferrugem asiática se multiplique.

De acordo com o supervisor de campo da Aprosoja, o engenheiro agrônomo Rodrigo Fenner, com o período proibitivo é interrompido o ciclo do fungo hospedeiro da ferrugem asiática, principal doença fúngica que ataca a soja no Cerrado. Ele explicou que os produtores não podem manter plantas vivas em suas propriedades. As mesmas devem ser eliminadas com produtos químicos ou outro meio.

Segundo informações do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (INDEA), as unidades regionais já estão se preparando para as fiscalizações nesse período. Já foi realizado o levantamento de plantadas da soja, objetivando a fiscalização. Somente são autorizados os plantios da oleaginosa nesse período, para fins de pesquisa, mas com rigoroso controle. O produtor que não obedecer ao vazio estará sujeito ao pagamento de multas.

Conforme determinação do INDEA, ficam os proprietários, arrendatários ou detentores a qualquer título de áreas cultivadas com soja sob sistema de irrigação ou não, obrigados a eliminarem as plantas vivas de soja “cultivadas” ou “guaxas” em áreas de seu domínio, imediatamente antes do período de “vazio sanitário”, inclusive, as “plantas vivas” de soja ao redor de seus armazéns e à beira das estradas dentro da área de seu domínio.

Ferrugem da Soja

A ferrugem da soja também conhecida como ferrugem asiática é uma doença causada por fungos. Os primeiros sintomas se manifestam nas folhas com o aparecimento de minúsculos pontos escuros. Posteriormente ao aparecimento das lesões ocorre a desfolha da planta que evita a formação dos grãos com redução da produtividade. O desenvolvimento da doença é extremamente rápido e ela se espalha com facilidade pelo vento e causa grandes prejuízos à produção.

O objetivo é evitar ou retardar ao máximo o aparecimento do fungo causador da ferrugem asiática, doença que ataca a cultura e causa sérios prejuízos econômicos aos produtores.

Vazio sanitário da soja começa dia 15 no Paraná

Alerta enviado no dia 02/06/2011 pelo site Agrolink sobre o início do período do vazio sanitário da Soja

A Secretaria da Agricultura e do Abastecimento avisa que de 15 de junho a 15 de setembro estará proibido o plantio ou a manutenção de plantas vivas de soja no Paraná. Este é o período do vazio sanitário, quando não deve haver plantas de soja em propriedades rurais, estradas e carreadores. O objetivo é evitar ou retardar ao máximo o aparecimento do fungo causador da ferrugem asiática, doença que ataca a cultura e causa sérios prejuízos econômicos aos produtores.

Quem não atender às determinações poderá ser autuado e multado em valores que variam de R$ 50 a R$ 5 mil, conforme estabelece a lei 11.200/97, de Defesa Sanitária Vegetal. Os casos mais graves de desrespeito podem levar à interdição da propriedade rural e à proibição de acesso ao crédito rural. No ano passado, o Defis emitiu 134 autos de infração, a partir de ações de fiscalização abrangendo uma área de 4.236 hectares, 30 quilômetros de rodovias e 190 quilômetros de ferrovias.

O vazio sanitário foi instituído por lei no Paraná pela resolução 120 de 2007, atendendo uma solicitação dos próprios produtores, que viram nessa medida uma forma eficaz de evitar a disseminação do fungo que provoca a ferrugem asiática e ataca principalmente a safra normal da soja durante o verão. Os fungos sobrevivem durante o inverno nas plantas remanescentes de soja viva, em áreas cultivadas, em carreadores e estradas.

Fungo

O vazio sanitário é uma estratégia no manejo da ferrugem asiática que vem sendo adotada em 11 estados produtores de soja. Na ausência de plantas vivas, a tendência é reduzir o fungo, explicou a engenheira agrônoma Maria Celeste Marcondes, responsável pela área de Grandes Culturas do Departamento de Fiscalização e Defesa Agropecuária (Defis) da Secretaria da Agricultura.

A Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) é parceira na divulgação do vazio sanitário no Paraná, confeccionando 300 mil folhetos de alerta sobre o período da proibição. Os folhetos estão sendo distribuídos nas barreiras interestaduais do Estado, nas concessionárias de pedágio e transportadoras de soja.

Esses folhetos fazem um alerta principalmente aos transportadores de soja, para que verifiquem bem se as carrocerias dos caminhões estão bem vedadas e que tomem os devidos cuidados para não derrubar grãos nas estradas. "Todos esses procedimentos são essenciais para evitar o nascimento de plantas nas margens das estradas, as quais podem vir a ser hospedeiras do fungo que provoca a ferrugem asiática na soja", afirmou Maria Celeste.

Monitoramento

Durante o período do vazio sanitário os produtores devem fazer o monitoramento da propriedade e eliminar todas as plantas vivas de soja, mesmo aquelas que nascem entre outras culturas e nas margens das estradas vicinais e carreadores de acesso à propriedade. A eliminação de plantas vivas ou remanescentes deverá ser feita até 14 de junho pela pessoa física ou jurídica nas instalações onde houve cultivo, colheita, armazenagem, beneficiamento, comércio, industrialização, movimentação ou transporte de soja. Após esta data, os infratores podem ser autuados.

O Paraná é o segundo maior produtor de soja do País, com um volume de produção de 15,26 milhões de toneladas de grãos e área plantada de 4,5 milhões de hectares.